Intervenção didática com temas transversais e ações interdisciplinares: compartilhando experiências da formação de professores em educação física na modalidade a distância na UFRN
O presente texto aborda uma proposta de intervenção que utiliza os principais elementos da didática (objetivos, metodologias, conteúdos e avaliações) tendo como plano de fundo os temas transversais e as possibilidades organizacionais de ações interdisciplinares, que se articulam ao processo de formação profissional em licenciatura em educação física na modalidade a distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
A didática pode ser compreendida como a parte mediadora entre a "teoria" e a "prática" do processo de ensino e aprendizagem, enquanto a pedagogia é considerada a porção predominantemente "teórica", por não dizer filosófica do mesmo processo educativo (LIBÂNEO, 1994). Os elementos essenciais da didática devem contemplar questionamentos básicos que um professor deve procurar realizar antes, durante e após suas intervenções: 1) O que fazer? 2) Por que fazer? 3) Como fazer? 4) Como avaliar? (MELO, 2004). Destes breves questionamentos podem-se extrair os objetivos, as metodologias, os conteúdos e as formas de avaliação que um docente pode usufruir em seu trabalho pedagógico, independente de concepção de ensino.
O tema transversal consiste num assunto propositivo perante o processo de ensino aprendizagem. Normalmente esta temática esta em consonância com problemas emergentes ou oportunos para uma comunidade ou sociedade. Temos múltiplos exemplos de temas que assim se configuram, como exemplo: 1) Violência; 2) Preconceito; 3) Corrupção; 4) Qualidade de vida; 5) Saúde; 6) Trabalho; e 7) Meio ambiente; 8) Lazer; 9) Religião; 10) Sexualidade; entre muitos outros. Os temas transversais possibilitam uma aproximação articulada dos conteúdos disciplinares com as diferentes realidades vividas e enfrentadas pelos sujeitos aprendentes no cotidiano, sendo que a disciplina educação física é privilegiada para a adoção desta estratégia, sobretudo no contexto escolar (SANCHES NETO; BETTI, 2008). Essa aproximação costuma ser muito promissora, haja vista o despertar das zonas de desenvolvimento proximal, que abordam os saberes prévios de cada sujeito envolvido no processo de ensino e aprendizagem (CAVALCANTI, 2005). Essa consideração dos conhecimentos e saberes que cada educando trás consigo também encontra respaldo no ciclo didático ação-reflexão-ação, alicerçados em concepções pedagógicas libertadoras e críticas sociais, onde as experiências vividas contribuem para o desencadeamento de processos motivacionais inerentes a uma educação significativa (MITRE et al, 2008).
Segundo Garcia (2007), a organização dos elementos didáticos podem extrapolar a ação individual e isolada de um professor em uma dada disciplina, alcançando as dimensões interdisciplinares, que podem possibilitar tanto um diálogo horizontal, quanto vertical dos conhecimentos e saberes necessários ao processo de formação profissional. Neste ínterim, o currículo também pode ganhar novos sentidos e significados, deixando de ser um conjunto de disciplinas isoladas e incomunicáveis, que, assim sendo, requerem um esforço autônomo dos aprendizes em associar as informações. Essa condição, na maioria das vezes, parece não ocorrer de forma tão espontânea e facilitada, o que acaba por influenciar negativamente a compreensão dos distintos conjuntos de códigos a serem ensinados num determinado curso. No caso da formação de licenciados em educação física, é comum que o ensino de disciplinas como Anatomia humana não consiga estabelecer conexão alguma com as disciplinas de caráter eminentemente comuns à educação física, como Metodologia dos Esportes Coletivos e Metodologia das Atividades Aquáticas, por exemplo. Essa ausência de interlocução pode prejudicar substancialmente a formação, deixando sem sentido o aprendizado de certos assuntos tão relevantes para a formação básica. Por isso, utilizar os elementos didáticos anteriormente mencionados numa matriz interdisciplinar pode contribuir muito para um estímulo ao trabalho cooperativo do corpo docente, que pode enriquecer sobremaneira a ação didática e pedagógica, mas, acima de tudo, promover uma formação mais adequada as demandas e desafios da educação contemporânea.
Neste encaminhamento, a Coordenação do Curso de Licenciatura em Educação Física na modalidade a distância, da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) da UFRN, não tem medido esforços a partir do ano de 2015 para implementar ações didáticas que visam uma formação transdisciplinar e interdisciplinar de seus acadêmicos, utilizando uma matriz didática como ancoragem para o desencadeamento de um trabalho cooperativo com professores conteudistas, tutores presenciais e a distância, membros da equipe técnica e coordenações de curso e pedagógica, conforme segue:
Fonte: Coordenação de tutoria do Curso de Licenciatura em Educação Física a Distância da SEDIS/UFRN.
Nota: (xxxxxxxxxxx) significa os itens preenchidos pelas equipes de professores e tutores a distância (equipe on line de cada disciplina). Como não cabem neste quadro, fica apenas a ilustração do uso do quadro.
Nesta tabela referencial constam aspectos do Projeto Político Pedagógico e do Currículo do referido Curso, bem como os elementos didáticos essenciais de cada disciplina, que semestre a semestre podem ser divulgadas e disponibilizadas aos diferentes agentes do processo de ensino e aprendizagem. Na primeira experiência ela permaneceu no âmbito de ciência dos professores e tutores a distância, mas pretende-se estendê-la para os demais envolvidos a partir do semestre 2015.2, inclusive os estudantes, que poderão semestre a semestre consultar as múltiplas interações das disciplinas e suas interfaces com os temas transversais, que, a priori, devem surgir pela disposição e interesse dos discentes, de preferência, por meio de escolha livre e democrática.
Além de uma tentativa ousada de organização interdisciplinar do Curso de Formação em Licenciatura em Educação Fìsica, este trabalho têm provocado mudanças de práticas pedagógicas e de atitudes, tanto no cotidiano docente, como na tutoria a distância deste Curso da UFRN, pois todos os atores sociais envolvidos acabam sentindo a demanda de trabalho conjunto. Normalmente isso não pertence a realidade do processo de ensino e aprendizagem convencionais, seja na modalidade presencial, seja a distância, mesmo que haja indicações e referenciais teóricos e práticos mais do que suficientes para se adotarem posturas mais cooperativas e colaborativas nas intervenções educativas.
Os resultados preliminares foram muito satisfatórios, embora tenham ocorrido para uma minoria do universo de estudantes do Curso de Licenciatura em Educação Física a distância da UFRN no primeiro semestre do ano de 2015. O ponto alto desta ação didática culminou com a participação dos estudantes num evento semi-presencial denominado Encontro de Educação Física da UFRN, realizado no final do primeiro semestre letivo de 2015, cujo tema transversal do evento era Educação Física e Meio Ambiente. A propósito, esta temática foi inicialmente sugerida e votada na semana de capacitação pedagógica da SEDIS, no início do ano e semestre letivo da SEDIS/UFRN, onde os coordenadores do Curso, professores e tutores presenciais e a distância escolheram democraticamente esta abordagem. Como processo avaliativo do Estágio Curricular Obrigatório Supervisionado, mas, também, de forma interativa com outras disciplinas cursadas no semestre letivo de 2015.1, os estudantes desenvolveram conteúdos que se relacionavam ao tema Educação Física e Meio Ambiente, onde puderam apresentar trabalhos acadêmicos na forma de resumo e apresentação de banners, concretizando a interlocução entre ensino, pesquisa e extensão universitária.
Os próximos passos para aprimorar o sistema será integrar a tabela matricial proposta no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da SEDIS/UFRN, que é o MOODLE e, também, promover uma maior participação e aderência de docentes, tutores e discentes neste trabalho cooperativo e colaborativo no processo de ensino e aprendizagem da formação inicial em licenciatura em educação física.
Referências bibliográficas:
A didática pode ser compreendida como a parte mediadora entre a "teoria" e a "prática" do processo de ensino e aprendizagem, enquanto a pedagogia é considerada a porção predominantemente "teórica", por não dizer filosófica do mesmo processo educativo (LIBÂNEO, 1994). Os elementos essenciais da didática devem contemplar questionamentos básicos que um professor deve procurar realizar antes, durante e após suas intervenções: 1) O que fazer? 2) Por que fazer? 3) Como fazer? 4) Como avaliar? (MELO, 2004). Destes breves questionamentos podem-se extrair os objetivos, as metodologias, os conteúdos e as formas de avaliação que um docente pode usufruir em seu trabalho pedagógico, independente de concepção de ensino.
O tema transversal consiste num assunto propositivo perante o processo de ensino aprendizagem. Normalmente esta temática esta em consonância com problemas emergentes ou oportunos para uma comunidade ou sociedade. Temos múltiplos exemplos de temas que assim se configuram, como exemplo: 1) Violência; 2) Preconceito; 3) Corrupção; 4) Qualidade de vida; 5) Saúde; 6) Trabalho; e 7) Meio ambiente; 8) Lazer; 9) Religião; 10) Sexualidade; entre muitos outros. Os temas transversais possibilitam uma aproximação articulada dos conteúdos disciplinares com as diferentes realidades vividas e enfrentadas pelos sujeitos aprendentes no cotidiano, sendo que a disciplina educação física é privilegiada para a adoção desta estratégia, sobretudo no contexto escolar (SANCHES NETO; BETTI, 2008). Essa aproximação costuma ser muito promissora, haja vista o despertar das zonas de desenvolvimento proximal, que abordam os saberes prévios de cada sujeito envolvido no processo de ensino e aprendizagem (CAVALCANTI, 2005). Essa consideração dos conhecimentos e saberes que cada educando trás consigo também encontra respaldo no ciclo didático ação-reflexão-ação, alicerçados em concepções pedagógicas libertadoras e críticas sociais, onde as experiências vividas contribuem para o desencadeamento de processos motivacionais inerentes a uma educação significativa (MITRE et al, 2008).
Segundo Garcia (2007), a organização dos elementos didáticos podem extrapolar a ação individual e isolada de um professor em uma dada disciplina, alcançando as dimensões interdisciplinares, que podem possibilitar tanto um diálogo horizontal, quanto vertical dos conhecimentos e saberes necessários ao processo de formação profissional. Neste ínterim, o currículo também pode ganhar novos sentidos e significados, deixando de ser um conjunto de disciplinas isoladas e incomunicáveis, que, assim sendo, requerem um esforço autônomo dos aprendizes em associar as informações. Essa condição, na maioria das vezes, parece não ocorrer de forma tão espontânea e facilitada, o que acaba por influenciar negativamente a compreensão dos distintos conjuntos de códigos a serem ensinados num determinado curso. No caso da formação de licenciados em educação física, é comum que o ensino de disciplinas como Anatomia humana não consiga estabelecer conexão alguma com as disciplinas de caráter eminentemente comuns à educação física, como Metodologia dos Esportes Coletivos e Metodologia das Atividades Aquáticas, por exemplo. Essa ausência de interlocução pode prejudicar substancialmente a formação, deixando sem sentido o aprendizado de certos assuntos tão relevantes para a formação básica. Por isso, utilizar os elementos didáticos anteriormente mencionados numa matriz interdisciplinar pode contribuir muito para um estímulo ao trabalho cooperativo do corpo docente, que pode enriquecer sobremaneira a ação didática e pedagógica, mas, acima de tudo, promover uma formação mais adequada as demandas e desafios da educação contemporânea.
Neste encaminhamento, a Coordenação do Curso de Licenciatura em Educação Física na modalidade a distância, da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) da UFRN, não tem medido esforços a partir do ano de 2015 para implementar ações didáticas que visam uma formação transdisciplinar e interdisciplinar de seus acadêmicos, utilizando uma matriz didática como ancoragem para o desencadeamento de um trabalho cooperativo com professores conteudistas, tutores presenciais e a distância, membros da equipe técnica e coordenações de curso e pedagógica, conforme segue:
Tabela matricial para ação transdisciplinar e interdisciplinar na formação em licenciatura em educação física a distância da SEDIS/UFRN no semestre 2015.1
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Planejamento 2015.1
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Tema transdisciplinar
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Meio ambiente
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Disciplinas verticais ascendentes (ofertar
em 2015.2)
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Estágio Supervisionado III
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Disciplinas – interdisciplinaridade horizontal
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Estágio Supervisionado II
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Metodologia dos Esportes Individuais
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Consciência Corporal
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Anatomia
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Estágio Supervisionado I
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Objetivos
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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Metodologias
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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1- Conteúdos
a)
Conceitual
b)
Atitudinal
c) Procedimen-tal
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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Avaliações
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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Referências bibliográficas
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxx
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Disciplinas verticais descendentes
(reofertas ou disciplinas de semestres anteriores)
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Anatomia
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Estágio Supervisionado I
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Nota: (xxxxxxxxxxx) significa os itens preenchidos pelas equipes de professores e tutores a distância (equipe on line de cada disciplina). Como não cabem neste quadro, fica apenas a ilustração do uso do quadro.
Nesta tabela referencial constam aspectos do Projeto Político Pedagógico e do Currículo do referido Curso, bem como os elementos didáticos essenciais de cada disciplina, que semestre a semestre podem ser divulgadas e disponibilizadas aos diferentes agentes do processo de ensino e aprendizagem. Na primeira experiência ela permaneceu no âmbito de ciência dos professores e tutores a distância, mas pretende-se estendê-la para os demais envolvidos a partir do semestre 2015.2, inclusive os estudantes, que poderão semestre a semestre consultar as múltiplas interações das disciplinas e suas interfaces com os temas transversais, que, a priori, devem surgir pela disposição e interesse dos discentes, de preferência, por meio de escolha livre e democrática.
Além de uma tentativa ousada de organização interdisciplinar do Curso de Formação em Licenciatura em Educação Fìsica, este trabalho têm provocado mudanças de práticas pedagógicas e de atitudes, tanto no cotidiano docente, como na tutoria a distância deste Curso da UFRN, pois todos os atores sociais envolvidos acabam sentindo a demanda de trabalho conjunto. Normalmente isso não pertence a realidade do processo de ensino e aprendizagem convencionais, seja na modalidade presencial, seja a distância, mesmo que haja indicações e referenciais teóricos e práticos mais do que suficientes para se adotarem posturas mais cooperativas e colaborativas nas intervenções educativas.
Os resultados preliminares foram muito satisfatórios, embora tenham ocorrido para uma minoria do universo de estudantes do Curso de Licenciatura em Educação Física a distância da UFRN no primeiro semestre do ano de 2015. O ponto alto desta ação didática culminou com a participação dos estudantes num evento semi-presencial denominado Encontro de Educação Física da UFRN, realizado no final do primeiro semestre letivo de 2015, cujo tema transversal do evento era Educação Física e Meio Ambiente. A propósito, esta temática foi inicialmente sugerida e votada na semana de capacitação pedagógica da SEDIS, no início do ano e semestre letivo da SEDIS/UFRN, onde os coordenadores do Curso, professores e tutores presenciais e a distância escolheram democraticamente esta abordagem. Como processo avaliativo do Estágio Curricular Obrigatório Supervisionado, mas, também, de forma interativa com outras disciplinas cursadas no semestre letivo de 2015.1, os estudantes desenvolveram conteúdos que se relacionavam ao tema Educação Física e Meio Ambiente, onde puderam apresentar trabalhos acadêmicos na forma de resumo e apresentação de banners, concretizando a interlocução entre ensino, pesquisa e extensão universitária.
Os próximos passos para aprimorar o sistema será integrar a tabela matricial proposta no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da SEDIS/UFRN, que é o MOODLE e, também, promover uma maior participação e aderência de docentes, tutores e discentes neste trabalho cooperativo e colaborativo no processo de ensino e aprendizagem da formação inicial em licenciatura em educação física.
Referências bibliográficas:
CAVALCANTI, Lana de Souza. Cotidiano, mediação pedagógica e
formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de geografia. Cad.
CEDES, Campinas , v. 25, n. 66, p.
185-207, Aug. 2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622005000200004&lng=en&nrm=iso>.
access on 17 Aug. 2015.
GARCIA, M. A. A. et al. Interdisciplinaridade e educação médica. Revista Brasileira De Educação Médica. 31 (2) : 147 – 155 ; 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbem/v31n2/04.pdf>. Acesso em 16 ago 2015.
GARCIA, M. A. A. et al. Interdisciplinaridade e educação médica. Revista Brasileira De Educação Médica. 31 (2) : 147 – 155 ; 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbem/v31n2/04.pdf>. Acesso em 16 ago 2015.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MITRE, S. M. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 13(Sup 2):2133-2144, 2008. Disponível em:<http://www.scielosp.org/pdf/csc/v13s2/v13s2a18.pdf>. Acesso em 16 ago 2015.
MITRE, S. M. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 13(Sup 2):2133-2144, 2008. Disponível em:<http://www.scielosp.org/pdf/csc/v13s2/v13s2a18.pdf>. Acesso em 16 ago 2015.
PEREIRA DE MELO, José.
O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA DEFICIENTES VISUAIS. Revista
Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, SC, v. 25, n. 3,
Jul. 2008. ISSN 2179-3255. Disponível em: <http://oldarchive.rbceonline.org.br/index.php/RBCE/article/view/243/244>. Acesso em: 16
Ago. 2015.
SANCHES NETO, Luiz;
BETTI, Mauro. Convergência e integração: uma proposta para a educação física de
5a. a 8a. série do ensino fundamental . Revista Brasileira de
Educação Física e Esporte, [S.l.], v. 22, n. 1, p. 5-23 , mar. 2008.
ISSN 1981-4690. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16678>. Acesso em: 17 Ago. 2015.
Olá professor,
ResponderExcluirAgradeço o compartilhamento de seus ensinamentos e tomarei boa nota. Caso seus alunos tenham curiosidade, visitem www.procrie.com.br/ uma simples tentativa de diálogo não acadêmico com o professorado. Parabéns pela obra! Roberto Pimentel, de Niterói-RJ.