Um tempo e um espaço para a poesia


Do alto da Tabatinga

 

“Muito já se disse e escreveu acerca do tempo e do vento

Histórias oriundas de devaneios mais ao sul

Parafraseando e parodiando os poetas, o tempo e o vento não param

Como o desabar constante da areia na ampulheta sem fim

 

Do alto da Tabatinga

Erguida e solidificada de grão em grão

Sinto meus pés plantados ao chão

Em terras distantes das minhas, quase equatoriais

 

Vejo de cima de minha humana soberba

A pequenina e frágil sapiência

Diante da força da vida, da natureza tão singela

E da imensidão da alma

 

Do mirante imponente admiro absorto o balanço do mar e das palmeiras

O nado sedutor dos golfinhos

O voo dos pássaros

E de minhas ilusões e sentimentos saudosos

 

Tudo embalado pela brisa incessante

Que tudo faz cantar

Tanto no brilho ofuscante do sol

Quanto no raiar da lua frente aos mistérios da noite

 

O oceano abissal e triunfante invade meus olhos

Bate no rochedo das falésias de tempos imemoriais

Assim como bate o meu coração navegante

Que pulsa inquieto diante do desejo oportuno de reencontrar o meu amor o mais breve possível”.

 

Patrick Ramon Stafin Coquerel, Natal, 31 de março de 2013.

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